Adoção de políticas para igualdade de gênero segue em alta nas empresas

Mês de março, tido como o “mês das mulheres” fecha com informações importantes para elas no contexto organizacional. Recém-divulgada, a 19ª edição do Índice de Confiança Robert Half, que ouviu recrutadores e profissionais qualificados, mostrou que 55% dos recrutadores participantes declaram haver políticas claras para promover a igualdade de gênero no ambiente das organizações em que atuam. No ano passado, levantamento semelhante feito no mesmo período apontou essa porcentagem abaixo dos 40%. Já entre os profissionais qualificados empregados entrevistados, 56% deles reconhecem que as empresas para as quais trabalham contam com ações de combate à desigualdade de gênero.

Reflexos desse maior percentual também foram percebidos na pesquisa. De acordo com 73% dos recrutadores ouvidos, nos últimos três anos, houve um aumento de participação das mulheres em cargos de gestão. Do lado dos profissionais, 69% disseram que, no mesmo período, enxergaram uma maior representatividade de mulheres líderes nas empresas em que atuam.

Os itens “promoção” e “negociação salarial”, contudo, ainda são pontos de atenção entre gêneros. Embora outros levantamentos da consultoria tenham registrado a mesma motivação entre homens e mulheres para ascender na carreira, na percepção de 52% dos recrutadores, homens tendem a pedir mais promoções e a negociar mais os salários, em comparação às mulheres. Ao analisar apenas as respostas das recrutadoras do gênero feminino, esse índice alcança 75%. A questão, no entanto, tem sido desafiadora para ambos, segundo a pesquisa: apenas 34% dos 387 profissionais entrevistados buscaram negociar promoções ou aumentos salariais no último ano.

Principais benefícios da igualdade de gênero no ambiente de trabalho

Para empresas Para profissionais
1) Pensamento mais diverso 1) Pensamento mais diverso
2) Melhora no clima corporativo 2) Melhora no clima corporativo
3) Aumenta a motivação e melhora o engajamento 3) Fortalecimento da política de atração de candidatos que valorizam a diversidade

Fonte: 19ª edição do Índice de Confiança Robert Half

Diversidade em pauta

Ainda de acordo com a 19ª edição do Índice de Confiança Robert Half, 61% dos recrutadores relataram que as empresas para as quais trabalham vêm promovendo mudanças para desenvolver iniciativas de DEI.

As principais ações para fomento da temática envolvem: eventos e palestras (59%), treinamentos para apoiar o avanço na carreira de grupos minorizados (45%) e organização de grupos de discussão/comitês (43%).

Em relação aos processos de recrutamento, apenas 40% das empresas afirmaram ter realizado alterações para garantir maior diversidade e inclusão nas contratações. A principal iniciativa, de acordo com os recrutadores, foi a adaptação dos anúncios de emprego, para atrair talentos mais diversos.

“As empresas que não se atentarem à questão deixarão escapar profissionais-chave e, consequentemente, um pensamento mais diverso em sua estratégia de negócios”, afirma Débora Ribeiro, Gerente de Parcerias Estratégicas da Robert Half.

Índices positivos

Além da percepção de maior igualdade de gênero nas companhias, o sentimento dos profissionais qualificados com relação ao mercado de trabalho e à economia também se traduziu em índices positivos na pesquisa. Houve aumento na confiança dos colaboradores após registro de queda no último trimestre. Ao avaliar o momento presente, dos 100 pontos possíveis, o índice alcançou 35,5, um avanço de 1,4 ponto na comparação com os 34,1 registrados em dezembro. a edição apresenta o melhor índice para a situação atual desde o início da pandemia, em março de 2020.

Na mesma tendência, a expectativa para a situação futura apresentou ligeiro crescimento, de 48,6 para 48,8.   Apenas os profissionais desempregados apresentaram piora na expectativa para os próximos seis meses. O destaque, no entanto, ficou com o grupo dos recrutadores, que já estava no patamar otimista (51,5) e, ainda assim, elevou sua confiança para 52,0.

Metodologia – Sondagem foi conduzida pela Robert Half com base na percepção de 1.161 profissionais, igualmente divididos em três categorias: recrutadores (profissionais responsáveis por recrutamento nas empresas, ou que têm participação no preenchimento das vagas); profissionais qualificados empregados; e profissionais qualificados desempregados (com 25 anos ou mais e formação superior).

 

Fonte: https://melhorrh.com.br

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